quinta-feira, 26 de abril de 2012

Tom Cavalcante sobre possível ida para o SBT: “Se for legal para ambos, vamos nessa”

Natalia Castro
RIO – Longe da TV desde novembro do ano passado, quando rescindiu o contrato com a Record, onde estava há sete anos com o “Show do Tom”, Tom Cavalcante passou os últimos meses dedicados ao teatro, onde roda o país com o espetáculo “No tom do tom”. No entanto, semana passada, o humorista voltou aos estúdios para gravar o “Jogo das três pistas”, ao lado de Silvio Santos e Ratinho, no SBT. A participação levantou indícios de um possível contrato, embora Tom afirme que ainda não há nenhuma proposta oficial.
- Trabalhar com Silvio, antes de mais nada, foi a realização de dividir pela primeira vez o palco com um ídolo a quem tenho enorme admiração. Quando soube que Ratinho iria estar junto, fiquei mais empolgado ainda. Adoro esse cara! Foi uma experiência que não poderia faltar no meu currículo. A ida ou não para o SBT, se houver o convite oficial, vai ser muito bem-vinda e estudada. Se for legal para ambos, vamos nessa – explicou ele, em entrevista exclusiva a Revista da TV.
O GLOBO – O que gostaria de fazer na TV, caso voltasse a ter um programa?
TOM CAVALCANTE- Voltaria fazendo uma sitcom com um elenco de peso, como foi o “Sai de baixo”.
- Acha que você tem espaço na programação atual?
TOM – A TV aberta vai necessitar mais e mais de artistas que vieram do povo e que falem a linguagem do povo. Sou um deles, daí a minha impressão de que posso estar no jogo e colaborar com boas audiências.
- Por que, afinal, você rescindiu o contrato com a Record? A mudança de horário do “Show do Tom” desgastou sua relação com a emissora?
TOM – Sem dúvida, o horário em TV tem que ser um hábito. Quando o público está habituado com um horário e o programa muda de faixa, toda aquela audiência migra para outros canais. Resgatar esse público torna-se uma tarefa bem complexa, uma operação de guerra, pois os perfis de audiência são outros. Eles precisam ser bem analisados e entendidos para definir a escola do que será colocado no ar com adequação.
- Você já está longe da TV desde 2011. Por que tanto tempo afastado? Do que mais sente falta? O que o faria voltar ?
TOM – Faço TV porque amo o veículo e pelo retorno que me traz, mas tenho em pararelo a essa função a minha carreira artística nos palcos, ginásios e convenções de empresas com um one men show ou stand up para soar mais atual. Diante dessa dualidade de paixões, resolvi me dedicar nesse momento a viajar em turnê. O trabalho dessa maneira me ajuda a oxigenar a mente e rever novos conceitos de humor. Na hora certa, voltarei. Há pouco abri mão de todos os meus rendimentos do ano de 2012 com o encerramento antecipado do meu contrato com a Record. Uma atitude minha, unilateral, por entender que dinheiro é muito bom, mas quando está sendo ganho com prazer, motivação e ambiente para promover o riso.
Tem se realizado no teatro? Pretende investir mais nos palcos? Quais seus próximos projetos além do espetáculo atual?
TOM – Shows são meus maiores projetos no momento, um grande prazer. No mais é esperar pelo próximo escândalo de corrupção no país para trabalhar em cima de textos onde possamos rir castigando os maus costumes.
O Globo

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