Em cartaz nos cinemas com o filme “Xingu”, Caio Blat já tem outros trabalhos em vista: uma adaptação inédita para os palcos da obra “Os Irmãos Karamazov”, de Fiódor Dostoiévski, e a estreia de seu primeiro documentário, intitulado “Uma Longa Viagem”, de Lúcia Murat.
E enquanto os demais trabalhos não chegam aos olhos do público, Blat falou à revista “Rolling Stones” de maio sobre sua satisfação por ter interpretado Leonardo, um dos irmãos Villas-Bôas, idealizadores do Parque Indígena do Xingu.
“O que os Villas-Bôas estabeleceram no Xingu é um modelo em que o índio determina até onde ele quer receber a cultura do branco dentro da terra dele, e é fascinante. Eu tinha uma série de dúvidas sobre como sobrevive a cultura do índio depois do branco”, afirmou.
Sobre uma possível carreira internacional, Caio é taxativo: “Não penso nisso, nem passa pela minha cabeça. Gosto muito do cinema que a gente faz no Brasil e há muitos espaços que ainda podem ser conquistados”.
Ele diz mesmo sentir inveja de Gael Garcia Bernal que, sem limitações por conta do idioma, filma na Argentina, México, Chile e Espanha. “O Brasil se isola da América Latina por causa da língua e da cultura e acho que esse é um mercado que a gente tinha que conquistar também. Meu sonho é filmar na Argentina, acho que é onde se faz o melhor cinema do mundo atualmente.”
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